quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
2010
Que o ano de 2010 nos sorria assim, sempre nelas montados, sem furos nem fusíveis queimados.
Boas curvas a todos. Mas escovem os dentes de vez em quando...
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Especial Adriano - Un motard en français
- Hier, j'ai fait la connaissance d'une superbe nana dans une boite de nuit...
Les copains motards :
- Aaaah !
- On boit un coup, je commence à l'embrasser.
Les copains motards :
- Aaaaaaah !
- Je lui propose de la raccompagner chez elle, elle accepte, et on sort de la boite...
Les copains motards :
- Aaaaaaaaaah !
- Arrives sur le parking, là elle me dit : déshabille-moi !
Les copains motards :
- Aaaaaaaaaaaaaaaaah !
- Alors j'enlève sa culotte, je la soulève et je l'assoie sur la selle de ma nouvelle moto...
Les copains motards :
- T'as une nouvelle moto ? C'est quoi comme bécane ?
Noutra versão
Une blonde raconte à ses copines blondes :
- Hier, j'ai fait la connaissance d'un superbe motard dans une boite de nuit...
Les copines blondes :
- Aaaah !
- On boit un coup, je commence à l'embrasser.
Les copines blondes :
- Aaaaaaah !
- Il me propose de me raccompagner chez moi, j'accepte, et on sort de la boite.
Les copines blondes :
- Aaaaaaaaaah !
- Arrivés sur le parking, là je lui dis : déshabille-moi !
Les copines blondes :
- Aaaaaaaaaaaaaaaaah !
- Alors il m'enlève ma culotte.
Les copines blondes :
- T'as une culotte ?
sexta-feira, 25 de dezembro de 2009
Este tempo de .... e a nostalgia deram-me para pensar em todas as meninas que já montei...acalmem-se que não é nada do que estão a pensar.
A primeira, digna desse nome, foi esta Honda CBX 550...63 cavalos muito difíceis de domar.
Depois veio a Suzuki igual à do Armindo...uma de rodinhas baixas...rapidinha, que exigia muitas mãozinhas (às vezes, apesar de a 100% na altura, não chegava para ela). É melhor nem contar o que com ela fiz.
Optei mais tarde, pelas mais maneirinhas, mais polivalentes, primeiro esta Teneré. Uma desgraça...não nos demos bem. O mesmo aconteceu com uma transalp...não me sentia bem em cima dela
Estava habituado a cavalos de corrida, a minha passagem pelas pilecas deu mau resultado.
Tinha que ter uma italiana...uma Aprilia Caponord, linda, esbelta, uma montra tecnológica com bom andamento...muitos kms de prazer...mas já não tinha idade(eu).
Outra mais adequada à minha idade haveria de ser...calma, pouco emocional, sempre pronta, sem enxaquecas, apresentável...enfim uma BMW
Como se vê sou um rapaz calmo. Boas curvas...sejam elas para a esquerda ou para a direita.
Bom ano a todos.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
sexta-feira, 18 de dezembro de 2009
Strip
http://www.koreus.com/video/blonde-strip-tease.html
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Quando a mula parir
Às nove em ponto no sítio do costume.
domingo, 13 de setembro de 2009
PRENDA
domingo, 30 de agosto de 2009
sábado, 29 de agosto de 2009
ANIVERSÁRIO
Acho que o aniversário do Milu deve manter-se assim, um dia qualquer entre os fins de Julho e de Agosto. O primeiro foi hoje, 29 de Agosto do ano da graça motard de 2009. O segundo não tem de ser no exacto 29 do próximo ano, até porque ele há dias em que acontecem raríssimas mas mortíferas trovoadas, destruindo campos e campos de searas dos mais apetecidos frutos. O Alentejo é tramado, compadres. E quente.
O Martinho bem tinha avisado: "Olhem que vão estar 39º em Évora...". Mas tudo bem. A primeira partida culminara, ano atrás, no "Quarta-feira". Logo... Acelerando: concentração no lugar de sempre, desta vez com toda a gente e mais duas meninas: A do António e a do Francisco, dignas companheiras que noutra altura se apresentarão. Oito motos e dez incomparabilis, a matilha vai crescendo. Arrancámos por volta das 9h e qualquer coisa, sempre pontuais. Primeira paragem no Miradouro, segunda paragem na Carapinheira. Às 9:40:56, estavamos na portagem da A21; às 9:55:35, a entrar na A8; às 11:44:56, saíamos em Montemor Este, com uma terceira paragem um pouco antes, na área de serviço de Vendas Novas, onde se podem ver belos vestidos curtos de verão e casamento e onde também se podem comprar belos aventais em cortiça. Foi aí que se soube estar muito provavelmente fechado o restaurante do repasto inicial. A saída em Montemor levou-nos a Arraiolos, cerca do meio-dia e tal. Tudo fechado, sob um completamente aberto sol de verão... alentejano. Acabámos moídos no restaurante da antiga fábrica de moagem, em Vimieiros.
Acho agora que uma roda talvez tenha sido uma apreciação condescendente, apesar das migas de tomate e de espargos e alentejana e de fígado ou lá o que era e também as gatas e as entradas e o tinto, o branco fresquinho e o sumol colheita de 1984. Mas enfim, foi fixe, sim senhor, com direito a bolo personalizado, velinha acesa, parabéns cantados, eheh, que barraca! e ainda visita guiada ao museu da fábrica e das velhas recordações da revolução. Estava era um calor muito mais desagradável do que aquele do bom e velho Verão Quente, quando escrevia a idade com um 2 à esquerda, rolava numa 50 manhosa, de cor azul, e não tinha a mínima ideia do que poderia vir a ser um par de calças motard do início do séc. XXI. Uma sauna à medida do parvo que sou.
Fomos então à procura de água, tasco e sombra, em direcção à barragem do Divor, acho eu. O ano tem é sido tramado, não choveu. Tasco fechado, barragem em mais do que nítido déficit, a crise toca todos e tudo, querem-nos fazer crer, até ao clima. Resta a sombra no que seria a margem em tempos de vacas gordas e barragem cheia. O roncar das motos não perturbou o compadre que fazia a sesta, carro ao lado. Amena cavaqueira sobre chinesices e outras gripes, até que a sede apertou. Voltámos para Igrejinha, em busca de outra sombra, com tasco e gasolina, de preferência.
Prevaleceu a gasolina, e ainda bem. A bomba no sol de caras, com a 95 a 1,319... Num canto, sombra com relva e aloés e formigas nela escondidos. Carraças não, o Martinho esclareceu porquê. E havia também o compadre da bomba e umas quantas minis geladas lá no escritório. Água fresca só havia uma e o Sumol não era de 1984, mas nada disso importou muito, porque o compadre lá da bomba era impagável. O que nós rimos! Acreditem ou não, o homem tem três costas, três barrigas e quatro peitos. E pode ser 300% impotente, eheheheh!
Vá. Está na hora. Vrrruuuuummmm... direitos a Évora. Faltava ainda um momento essencial: o de nos "perdermos" uns dos outros. E separámo-nos mesmo, sempre à procura de nova sombra com cerveja, água, sumol e ice tea fresquinhos. Mais espera e menos volta, lá invadimos o lugar de estacionamento "Correio da Manhã" na bela Praça do Giraldo, com imperial a 3,50 e água a 1,50 na esplanada por onde passam incontornáveis proprietárias de belos fox-terrier, excelente pretexto para se lembrar as aventuras do Tintin e do Vale de Azevedo, as próximas eleições autárquicas, o último jogo do Sporting com a Fiorentina, a calma contagiante das cadelas de cor creme e raça cocker, o percurso das viagens de estudo a propósito de "Aparição", a vantagem e o prazer que um bom capacete proporciona, os contentores e a escola, as dores na coluna e outros que tais motivos de conversa, com pulgas e ratos e ratas pelo meio.
Tenho de enrolar o punho, já são duas da matina! Às 20:55:37 entravamos de novo na auto-estrada, por Montemor Este. Antes, stop ainda numa bomba. O Rosa e o Valentim tinham saído da nacional logo depois, mas encontrámo-nos todos na área de serviço de Vendas-Novas, aqui com o escriba aflito dos punhos e dos braços. Vento não havia, mas a trail acima dos 140 já custa. Tempo de trocar impressões sobre montadas, limpar viseiras e depósitos manchados, café, dois preguinhos no caixão e vá. 21:03, paga-se a Vasco da Gama; às 21:29:54, sai-se da A8, com algum ventinho...; às 21:36:49, paga-se a última portagem, em Mafra Nascente, como é bonita esta designação da minha terra.
Pronto. às 21h45 já a Luna, a cocker, me abanava o rabito cortado.
As fotos seguem depoiis e já nem sequer vou editar isto. Parabéns a nós todos, boas curvas.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Há novidades no blog
terça-feira, 18 de agosto de 2009
finalmente
Até que em fim, motociclista!
Comprei uma VFR de 99, (com algumas mazelas nas carenagens).
Na próxima saída, já vamos ter mais uma moto no grupo.
francisco
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Constância ...perseverança, insistência...
1. paragem para café na já conhecida "estrada do mosquito na viseira"
2. D. José Pinhão (de ataque) chama-nos para atacarmos a fataça e o borrego
3. já atestados e acalorados, sentámos os traseiros na relva fresca
4. onde os rios se cruzam dizem ser a terra do poeta
5. Camões crava o equipamento ao Adriano
6. e acompanha-nos à outra margem
7. de lá para cá e de cá para lá, vai de roda
terça-feira, 21 de julho de 2009
Constância...
Brisa nas curvas, a todos.
segunda-feira, 20 de julho de 2009
D. JOSÉ PINHÃO
Marcada para as 8h30, a partida aconteceu, como é hábito, à porta da Escola e com uma hora e pouco de ligeiro atraso, depois de o Armindo ter passado ao Valentim o "testemunho", isto é, o diário de bordo e seus apetrechos de registo de comezainas; depois de termos cumprimentado os colegas que iam entrando para se aplicarem numa acção de formação sabe-se lá sobre que assunto transcencente e fundamental; e depois do Carlos ter chegado, analisado as hipóteses de itinerário e atestado a máquina.
A ida foi bucólica: pouco vento, pouco calor e pouca auto-estrada, só a necessária para chegarmos à já batida, mas sempre agradável, estrada do campo. E foi aí, em plena lezíria, que parámos na primeira tasca, coisa de desenferrujar as pernas, beber um café e adiantar mais um preguito no caixão, como gosta de lembrar o Martinho. Arrancámos de novo e só nos detivémos em Constância, meia hora antes do aprazado por telefone com o gerente do restaurante. Era meio dia e o sol provava que, afinal, tinhamos feito bem em "endireitar" a volta até ali: se o calor apertava já, imagine-se o que seria, se estivéssemos em Aljezur ou em Évora...
Surpresa foi o restaurante, não pela ementa, que se calculava de confiança, mas por termos toda a sala por nossa conta. E não há nada como apreciar uma bela fataça com açorda de ovas ou a bela alternativa da costeletinha de cabrito em molho de coentros apenas no meio da conversa entre amigos, sem qualquer outro ruído pelo meio. Impecável. Caaalmaaa absoluta, diria o Carlos.
Terminado o santo repasto e feito o registo no diário de bordo, acolheu-nos a sombra junto ao abraço do Zêzere ao Tejo, com tainhas/ fataças/... (o Martinho é que sabe do outro nome do dito peixinho) a acorrer ao som das pedras atiradas à água, ali mesmo nas barbas de Camões. Logo depois, acabou o vate por ser acolhido no seio do grupo, blusão velho nas costas e capacete nas mãos, para a foto e a posteridade, sem que nada nem ninguém algo tivesse salvo a nado.
O resto, foi o regresso. Miradouro de Almourol, atestar num supermercado da Chamusca e auto-estrada com vento, até Mafra. Quer dizer, até à Malveira, no meu caso. Apanhei tanta pancada que fugi à A21 e vim nas calmas pelas curvas da Abrunheira, com pelo menos dois sustos pelo meio: um ensardinhado que na nacional antes da Chamusca me faz inversão de marcha quando estava eu a recuperar de um sinal vermelho; e os restos de um pneu de autocarro rebentado a saltitarem à minha frente, acho que depois de Santarém e em plena A1 já com três faixas, comigo na do meio, a domar o vento, o gajo da direita a engonhar ainda mais e o da esquerda a ultrapassar-me na boa.
Uff. Tenho mesmo de trocar a minha por outra mais gorda. E tenho eu de engordar mais, para ver se o todo não esvoaça tanto.
Quando é que saímos de novo? A gente endireita tudo, até as saídas tortas!
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Motards
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Capacete hiper topo de gama
Na próxima saída, hei-de ir assim. Direitinho, por causa das vértebras enferrujadas, e orgulhoso do capacete altamente.
domingo, 28 de junho de 2009
Crónica de Porto Dinheiro 1º Turno Manhã
Primeira paragem: Porto da Assenta onde ainda dormitavam, àquela hora, os peixes que saltariam para a brasa do Clube Naval. Os Carlos ficaram a admirar a linda linha azul do horizonte do alto da escarpa enquanto os outros desceram até ao patamar do CNA.
Em cima delas e ala até Santa Cruz. Na zona do Max tomámos café e às 10.40, hora chave. decidiu-se, por unanimidade dos presentes, o que o Carlos Valentim já tinha congeminado Ficou logo com o cargo pois isto de ser "ideota" tem as suas responsabilidades. Quem não souber o que aconteceu que lhe pergunte que eu por mim não me descoso.
O Francisco, aqui, tomou a decisão que lhe haveria de ser penosa à chegada a Porto Dinheiro muito por minha culpa diga-se de passagem. Ossos do ofício, pois o que não mata engorda ou como ele não é desses - enrija. Quis a desdita que eu lhe propusesse levar a Africa Twin pois até aí tinha vindo à pendura. Assim se fez e eu pude trocar uns dedos de conversa com o Martinho comentando que o António - recém encartado e chegado ao clube - já demonstra muita afoiteza no trato com a sua dama. Levou-a com todo o carinho até ao CNA sem qualquer prurido. Foi obra e nem sequer comprometia o ritmo do passeio. Aprovado com distinção.
Seguindo por Porto Novo, Stª Rita, Maceira, Ribamar viramos para a praia de Porto Dinheiro e já cheirava a caldeirada.
No estacionamento ocorreu o incidente doloroso do Francisco. Parecia uma brincadeira de dominó : já depois de estacionadas, as meninas decidiram cair em cima umas das outras. Resultado- uma mão entalada e algum sangue plebeu eu, pelo menos, reparei que não era azul.
O almoço estava muito bem confeccionado e o vinho deu que falar. Muito me ri das histórias do maçarico. Grande António se os próximos encontros forem assim tão divertidos eu rezo desde já aos meus santos para não me afastarem da rota da MILU.
Retorno à base do JAvelaRosa e do Armindo, os outros seguiram pelo que sei até à Lagoa de Óbidos. (continua pela pena de outro cronista que espero tenha fotos também.)
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Porto Dinheiro
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Vamos nessa?
Como alguns de vós sabeis, o meu nome é Kata, sou filho de um dos bigodes motociclistas mais conhecidos da regiao e assumo-me como um açoriano naturalmente português, adoptado catalao com propensoes independentistas e, acima de tudo, iberista federalista convicto, apesar de apaixonado pelos confins da Espanha. Ou será Hispania? Enfim, dá pano para mangas, nao é?!
Ainda nao poderei estar presente no próximo roteiro, mas espero nao mais faltar.
Assim, para ir aguçando a curiosidade das hostes deixo-vos um pequeno filme de uma Triumph Bonneville Black. Nao é uma T100 mas já dá um cheirinho...
Um abraço cheio de cheiro a asfalto e de punho enrolado (moderadamente) para todos!!
Nota: os "ao" sem acento sao culpa do meu teclado very spanish.
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Até onde o tempo nos levar
Tempo passou sobre o Chico Elias…lá para Tomar. Refeitos, esquecidos e de novo entusiasmados olhamos para leste, como vontade de rolar, para os lados de Portalegre, Marvão. O dia, calmo, convidava… sem parar. A rota? … e o lucidus Carlos que a tinha tão direitinha, por Ae(s) IP(s) e IC(s), tudo recto, até ao destino a acelerar… foi-se construindo de etapa em etapa por estradas caminhos e veredas, até o tempo deixar e a fome apertar... A8, A1 e logo avistámos Vila Franca, esperava-nos, mais uma vez, a estrada do campo, onde sempre me apetece perder o olhar….enfim tanto do agrado de alguns, mas com curvas a mais para outros. Salvaterra perturbou-nos o andamento com enxames de ciclistas coloridos. De Benfica do Ribatejo rumámos quase até Raposa e depois, à esquerda, por uma “vereda” por Paço dos Negros, Marianos, Vale da Flor, Corvas, Parreira, Salvador, sob olhar atento das cegonhas atravessamos soutos, campos e prados … uma orgia de cores e aromas… na rota do touro e do cavalo. Algures no meio de nada, Pego da Curva, aldeia abandonada (?) mereceu uma paragem…junto à escola pois então…já por aqui me perdi …não consigo descrever a solidão que se sente neste lugar. Já se imaginava o almoço, que haveria de ser perto de Portalegre. Adiante perdemos Armindo, Rosa e Carlos. É pá já venho a buzinar atrás de ti há algum tempo, mas não ouviste, alerta o Adriano quando parámos no cruzamento da N244. Lá voltei para trás, nada… mais alguns quilómetros e lá estavam eles a admirar a Africa Twin do Armindo, um “pequeno” furo nuns pneus enrugados velhos e cansados…não há dúvida, o homem para além do azar tem coragem. Sem alternativa, teria mesmo de ir em cima dela até ao cruzamento. Aqui, numa pitoresca herdade, ficou a pobre pileca na companhia de belos cavalos. Cansados, solidários mas sobretudo famintos fomos até Montargil onde nos esperava o Rosa …o almoço no “Martinho” tinha que ser ali mesmo, no “Sabores do Rio”… valeu a pena …pelas migas de espargo pelo entrecosto e sobretudo pelo ensopado de enguia (opinião do autor). Após a paragem lúdica na barragem para rever, conviver e contar, o regresso aconteceu …por Mora, para os bolinhos do Carlos…monótono, por rectas infindáveis de piso liso…o Armindo, mais animado, na Deauville e o Valentim, depois do almoço, à pendura…do Rosa
quinta-feira, 14 de maio de 2009
quarta-feira, 13 de maio de 2009
PARTIDA, LARGADA, FUGIDA...
Está certo. Será saudável deitar cedo e cedo erguer, mas acontece não me dar com ditados tão ao jeito do politicamente correcto. Prefiro noites e manhãs de preguiça, sendo verdade que semelhante e desbragado gosto não me impediu de crescer até ao meu definitivo e seco metro e quase noventa, perfeito para quem gosta das trail, motos também altas e esguias. O pior, já se sabe, é o famigerado vento. Aí, além da barraca, abana a máquina e abana o motard. Mas adiante. Desta feita, o nervoso miudinho acordou-me direito e a horas.
Bem cedo, lá estava à janela, a ver se a vista e a brisa da manhã me confirmavam a meteorologia do diz que disse na sala de profs, nos jornais do café e nos boletins da rádio, da televisão e da net. Perfeito. Nem frio nem calor, nem chuva nem o dito famigerado. Dia ideal para a prática da coisa. Fiz-me então ao duche, como um puto em plena aventura de férias e sempre a trautear uma versão impossível do “Born to be wild”. Acordei a mulher, claro, e tive de mudar para um registo do género assobio inaudível. As gatas, porém, dele se aperceberam à sua matinal maneira, de modo que foi com elas a atrapalharem-me o equilíbrio, miando-me às pernas a primeira ração do dia, que coloquei nas ancas e na base da coluna uns emplastros tipo “Leão”, embora mais modernaços. Enfim, a idade não perdoa, dizem, e a viagem seria para mais de 500 quilómetros. Fixe. Diante de tal prazer, nada como prevenir a mania de ser imune a achaques tais o reumático ou a ciática. Depois das referidas compressas autocolantes mergulhadas num anti-inflamatório especial de corrida, foi a vez das calças motard novinhas em folha hightec, não fosse o diabo tecê-las. Seguiram-se as Doc Martens, a t-shirt milu e logo uma cinta comprada na feira do supermercado, antes de pegar no velho blusão de cabedal negro, marcado de curvas e algumas quedas. Se a palavra saísse com “c”, diria muitas, nem que fosse por brincadeira. De qualquer forma, gosto de andar com eles, o par de botas cambadas e o blusão. Tal como as omissas com “c”, são sinal em tudo oposto à urgência em terminar este parágrafo, deselegante de tão longo e cheio de nada. As palavras são como as cerejas, diz o povo e quem o escreve, aliás aqui evidente. Teria o mesmo ficado bem mais curto e escorreito, se em vez do vestir tivesse descrito um striptease. Mas nem na estrada me gosto de expor assim tanto.
DA PARTIDA
Tinha tudo a postos desde a véspera: depósito cheio, pressão dos pneus controlada, transmissão lubrificada, óleo do motor no ponto certo e o resto a brilhar. Reconheço que os mosquitos e outros insectos suicidas não identificados colados na viseira e no capacete, na óptica e em toda a frente da moto, mais os salpicos do óleo da corrente a manchar os raios e a jante traseira, e ainda um pó de quilómetros a cobrir o que sobra, só podem dar à máquina e ao seu proprietário um inefável ar de puro e duro conjunto motard, sempre na estrada, sempre a rolar. Contudo, não resisto muito e depressa acabo por deixar o todo num brinco, apenas com os sinais da idade à mostra. Por ora, não há hipótese de trocar de menina, nem vontade de submeter o dono a um lifting ou outra qualquer cura de rejuvenescimento. E está bem assim, porque ambos são ainda bem capazes de romper muitas meias solas. Vamos lá, que se faz tarde.
Pois. Bastou aproximar-me da porta da garagem e logo as gatas desataram a miar de novo, sem entender a minha falta de atenção. Pus a moto na rua e deixei-a a trabalhar com o ar meio puxado. Enquanto o motor aquecia, dei-lhes a ração e a água limpa. Acabava de lhes mudar a areia, quando um incontornável “Vai-te lá embora, que ainda tenho sono!” me alertou para o roncar lá fora. Corri a pôr no lugar o ar, as rotações diminuíram até um ronronar surdo e constante, sem dúvida agradável, mas incapaz de calar outro “Ninguém pode dormir nesta casa!”, ouvido já de capacete posto, a ajeitar as luvas. Também tem destas coisas, a vida de motard.
Ficou a Luna por tratar, mas é cadelinha de quintal, capaz de sobreviver a água e muita sesta. Certo é tanto detalhe doméstico me ter impedido de ser o primeiro. O Martinho e o Rosa já estavam à porta da Escola. Presumo que este terá sido o mais madrugador, porque da última e ventosa saída ao “Chico Elias”, em Tomar, se esqueceu de acertar a mudança de hora. Vale que no Milu não há interferências ministeriais. Se as houvesse, ainda hoje o atraso lhe valeria a passagem de titular ao grau zero da docência, seja lá o que isso for, grau zero ou titular. Quanto ao Martinho, a pontualidade é reacção biológica. Tudo bem, alguma vez serei o primeiro, mau grado o hábito do deitar tarde e tarde erguer. Por falar de vícios, eu e o Rosa aproveitámos as ausências para uma primeira bica e um segundo “preguinho no caixão”, como gosta de lembrar o Martinho.
Apagava eu a beata, e eis que chega o Valentim e depois o Armindo e a seguir o Carlos, quando já um de nós arrancava para o procurar. Penduras não havia. O grupo estava completo, com o Ismael ao sol de Vila Real de Santo António e o Belmiro em casa, a recuperar do mais recente regresso a 200 km/h, a bordo da BMW 1150 RT do Martinho, que assim procurava fugir à noite, pois dessa vez acabara por ficar só com um par de óculos escuros. Tínhamos Portalegre, Marvão e o restaurante “O Martinho” no horizonte, com as ruínas romanas de Ammaia guardadas para depois do repasto. A partida estava apontada para as nove horas, mas entre o vai-se por aqui e o segue-se por ali, o tempo foi correndo em ponto morto, comigo a dar conta das teias de aranha e dos pneus meio ressequidos da Honda Africa Twin com que o Armindo se tem feito à estrada, enquanto chega e não chega o alternador para a sua Suzuki, o mecânico é que sabe disso. Tenho agora a F650 calçada com pneus de confiança e bem me posso, portanto, dar ao luxo de brincar com ele, que se está nas tintas. Todas as curvas são alegria, desde que o veículo tenha duas rodas, motor adulto e dê para andar.
DA LARGADA
Entre propostas do gps do Martinho e verificações no mapa do Carlos, às dez e qualquer coisa lá estávamos todos de primeira engatada, pé direito no chão, mão esquerda a segurar a embraiagem e a outra a enrolar contida, só pelo prazer do som. Bute lá, alcateia! Vrruuummmm... A21. A falta que tenho de passar em Alcainça! A8. CREL, ou lá como se chama. A1. Vila Franca de Xira. Ao passar a ponte de piso franco e seguro, lembro-me sempre da Kawasaki 125 que tantos dias aqui me trouxe, nos idos de 80, quando fui parar à Escola Preparatória de contentores esverdeados que ficava lá em baixo, junto aos pilares. Saudades? Nem por isso. Agora só as tenho do que está para vir. Recta do Cabo, ruínas da Estalagem do Gado Bravo, virar à esquerda. Lezíria já conhecida desde a ida a Almeirim. Seguimos então em ritmo calmo e por terrinhas de nomes apelativos como só os que se encontram na rota dos vinhos, dos cavalos e dos touros. O Martinho tê-los-á registado. Eu não. Fiquei com os olhos cheios de cegonhas, coelhos, crianças a acenar e vitelinhos a fugir à nossa passagem. Disseram-me, depois, que houve uma lontra que me escapou à retina, e até acredito nisso...
Rolávamos agora pelo concelho da Chamusca, com o Carlos a tentar minimizar os inconvenientes do mau piso, o Valentim ansioso por uns torresmos e um branquinho numa tasca à mão, e eu aflito por demonstrar haver pelo menos um saber-fazer que dois ou três portugueses dominam sempre em grupo, desde que um comece o serviço. O Rosa seguia na boa, de olhos abertos ao passar diante de uma enorme carvoaria à moda antiga, vestígio arqueológico de uma indústria em vias de extinção, agora que de Bruxelas nos dizem que é cancerígena a pele do bom franguinho assado na brasa. O Martinho, esse, deve ter-me lido a aflição. Parou pouco depois, no Pego da Curva, não só por via da referida e nacional competência masculina mas sobretudo para nos mostrar a aldeia, abandonada há anos no meio do nada, cheia de memórias e solidão.
Satisfeita a necessidade e tiradas umas fotos, decidimos, em dois dedos de conversa, que estava na hora de dar razão ao Valentim. Portalegre ainda distava, um breve aperitivo cairia que nem ginjas. Arrancámos, sempre em ritmo alentejano, mas nada de tascas à mão, nem quando passámos pela Herdade de Mata-Fome, nome mesmo a propósito, que o Carlos me recordou mais tarde. Aí, seguia eu atrás do Martinho e pelo retrovisor só via os médios do Valentim, que se juntou a nós quando parámos num cruzamento com a N244: à esquerda, já não me lembro, à direita, Ponte de Sor e Montargil, em frente, o almoço, e atrás, ninguém!
– Eh, pá! Então há que tempos que venho a buzinar, não ouviram? É que eles desapareceram... – diz o Valentim.
– Pois, incomparabilis companheiro, isto de ouvir buzinadelas de moto em andamento tem muito que se lhe diga... – digo eu agora – Quando é necessário, o melhor é fazer sinal de luzes...
Ficámos apreensivos. O Martinho deu meia volta e nós deixámo-nos estar à sombra, de cigarrito na mão e a fotografar cegonhas. Passado um bocado, surge o Rosa. Adivinhem quem é que tinha furado o pneu traseiro... O lucidus da Goldwing largou em direcção a Ponte de Sor, a ver se encontrava solução, enquanto nós continuámos a aguardar pelos restantes unus. Lá apareceram, por fim, com o Armindo de pé, a rolar devagarinho, tentando pôr o máximo de peso na roda da frente da Africa Twin. E agora? É que com rodas de raios como as que têm as trail que se prezam não há qualquer kit que desenrasque um furo. Tem de se fazer tudo à mão. Ainda por cima, no caso em apreço, era mesmo preciso um pneu novo. E agora? Bom, faz-se assim, faz-se assado ou cozido, todos com o estômago a reclamar sustento. Ali perto havia uma herdade, talvez houvesse gente, talvez a menina ferida lá pudesse ficar, protegida. Tivemos sorte. Além dos cavalos, havia gente, por sinal simpática. Lá ficou a moto, ao abrigo de um telheiro, esperando por melhores dias.
Resolvido o inesperado, ficou por acertar-se o que não se esperava. Dado o adiantado da hora, desistimos de Portalegre. Contactado o Rosa, combinámos encontrar-nos em Montargil. Primeiro, era necessário um bom almoço, depois logo se veria. Seguimos, com o Armindo à pendura do Martinho, e só parámos junto a um restaurante à beira da estrada, onde já estava estacionada a Goldwing, rodeada de alguns curiosos. Sentámo-nos então à mesa e à conversa, esfomeados e de olhos a brilhar.
DA FUGIDA
Varreu-se-me da memória o nome do restaurante, mas no fim das migas de espargos com entrecosto, do ensopado de enguias, do pijaminha de doces, dos jarros de tinto da casa e dos afins em casos tais, o Valentim decidiu seguir viagem no trono da Goldwing, sinal de que a refeição lhe caíra bem. E a nós idem. Sorte teve o Armindo, que continuou viagem na Honda Deauville, a curtir curvas como deve ser. Descanso na barragem, com a GNR a alertar-nos para cuidarmos dos parcos haveres, que ali, às vezes, acontecem cenas do arco-da-velha. Enfim. Breve concílio à sombra de anedotas inenarráveis, paragem na primeira estação de serviço da nacional não-sei-quantos, só para dar de beber às montadas. E vrruuummmm... até Mora, onde nos voltámos a separar, porque o Armindo queria comprar também não sei o quê, parece que qualquer coisa típica e alentejana, ele lá sabe de guloseimas. Telemóvel puxa telemóvel, reencontrámo-nos adiante e continuámos, sempre em nacional agradável e sempre a abrir quanto baste. Impecável. Só parámos num determinado supermercado do Porto Alto, onde se vendiam, baratos, gps quase topo de gama, com a Europa toda na voz de uma menina castelhana.
E pronto. A partir daí, só Mafra nos restava. Fez-se a recta do Cabo, a A1, a A8 e etc. No fim, nem 400 km. Eu e o Armindo ainda fomos a casa do Valentim, beber um copo e ver o Sporting jogar mal e empatar em Coimbra. Para o ano haverá mais, falando agora do campeonato da segunda circular. Porque, quanto ao resto, pelo meio dessa noite ficou guardada uma tristeza muito grande. Parece que se programa uma ida ao sul, a ver se os cabos estão todos lá, de Espichel a Sagres. Vens connosco, Zé Miranda? Boas curvas!
segunda-feira, 11 de maio de 2009
MontarGil
quinta-feira, 7 de maio de 2009
Convite de Ammaia
Venham mais cinco, de uma assentada... no circus de Ammaia.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Capacete topo de gama
http://sorisomail.com/email/3171/para-motards-e-nao-so.html
Boas curvas, até as atacarmos rumo a Nisa.
Adriano
PS.: Funciona. Mas não se esqueçam do som.
domingo, 19 de abril de 2009
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Confissão
terça-feira, 14 de abril de 2009
Na rota do Chico Elias (parte 2)
Empanturrados, voltou a vontade de estar em cima delas (esta constante analogia tem que ser discutida…para a próxima). Revimos Tomar (não consigo encontrar qualquer encanto nesta Cidade), rumámos á Barragem de Castelo de Bode e daqui, pela margem esquerda do Zêzere, até Constância, percurso que já não fazia há anos e que tenho de repetir
Graças ao GPS lá fomos por caminhos há muito esquecidos, bucólicos…Olhos de Água, Arneiro das Milhariças…por onde o tempo abranda e a alma parece descansar…não querendo parecer demasiado emotivo ou sentimentalista é nestas alturas que me interrogo…valerá a pena?
O dia teimava em acabar e lá cedemos á tentação…com a BRISA ali mesmo ao lado, fomos até Mafra…eu a acelerar (sem óculos, desgraça) …outros mais devagar.
Não sei do meu pendura...faz tempo que não vejo...ficou vacinado ?
Venha a próxima
sábado, 11 de abril de 2009
Pedido de adesão
À Assembleia UNUS:
Venho colocar à sábia deliberação da Assembleia a proposta de adesão ao Clube do meu rebento Bruno (mais conhecido por Kata). É bom rapaz, um bocado novo em relação à nossa média de idades mas bom camarada. Flipado por motas (tem uma raquitica Triumph Bonnevile T100 e pior ainda é espanhola). Não é acelera e bom garfo o que não destoará do conjunto.
Pede Deferimento
Um abraço inconparabilis
Rosa
domingo, 5 de abril de 2009
Na rota do Chico Elias
Lá paramos no Gradil, para o café e para mais uns preguinhos no caixão de alguns. Evitando autoestradas fomos até ao Carregado, depois Azambuja onde seguimos pela Vala Real até Valada, estrada de campo, que nunca me canso de percorrer. Junto à ponte Rainha D. Amélia nova paragem...algumas fotos, mais um café e mais uns pregos. Preocupado com o Valentim e por já conhecer o piso traiçoeiro da ponte lá desabafei com o Adriano...qual quê, na boa...e assim que o sinal abriu, lá se fez ao tal piso, tão afoito que me fez sentir maçarico...sol de pouca dura...meia dúzia de metros, pés no chão, roda de jusante para montante e novamente para jusante, mas lá se aguentou. De Muge, passando por Almeirim, Alpiarça, Chamusca e Golegã, rumámos a Tomar. A custo e com a ajuda do GPS chegámos ao Chico Elias, apenas com meia hora de atraso. Nas entradas logo percebemos que tinha valido a pena...alguém contará esta história melhor.
O regresso conto depois, porque já estou meio a dormir.
Valeu a pena...pela descoberta, pela aventura, pelas curvas. pelas pontes amanteigadas, pelos cheiros, pelo vento frio, pelo coelho na abóbora e pelo regresso ao principio.
PS: Já me esquecia, os intercomunicadores do Lidl revelaram-se muitos úteis... sempre que estavamos parados...outra por contarquarta-feira, 1 de abril de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
A nova mota do Mar
terça-feira, 3 de março de 2009
segunda-feira, 2 de março de 2009
Azares
Rosa unus, como é? A senhora dona (uma Goldwing não é uma menina qualquer...) só sentiu ardor lá onde deve ou o problema foi mais grave? Esperamos todos, motus e unus, que lucidus a tenha protegido, até porque nos esperam os templários. Incomparabilis, mas nem tanto quanto a nossa matilha. E o resto, amigo? Força.
Abraço a nós, que vamos brincando.
ASSIM-ASSIM
Há dias de se ser qualquer coisa,
uma coisa qualquer neste der e vier.
Um imenso absinto de nada,
uma rola cochichando o dia
ou só a fatia de sobra, cinto
apertado. Há dias. Ser rugido
de vaga, ronco de mota,
raiva de homem.
Ser uma cena ruidosa, qualquer nada
salvo silêncio. Levantar do pano
sobre a percussão do mundo, fogo
nos bastidores ou sub-reptício engenho
levando-nos um a um deste crisma
de todos os dias assim-assim.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Mirobriga
Partindo do princípio que a coisa funciona, obrigado ao Mar, pelas dicas, e desculpas a todos, mas hoje embirrei que tinha de ouvir Frank Zappa. São manias que me dão, talvez porque pneus novos inspiram o risco noutras curvas. Tinha pensado em "Cocaíne", na versão original do J.J. Cale, mas decidi-me por este pedacinho do "Jewish Princess". Não ficou bem colado no final, mas acho-o divertido. E como nos divertimos atrás uns dos outros em busca de um Mirante fechado, aqui fica ele (se as novas tecnologias acharem por bem, como espero...)
Oh, oh... está a falhar... Eheheheh! Obrigado, ó Esculápio, cidadão de Mirobriga! Se no teu tempo motus houvessem, preferi-las-ias às quadrigas!
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
Rumo ao Sul
Fomos homens do Sul neste dia
fumando puros no cais, à espera
rodámos na linha do Sado
e entre areia e pinheiros
empurram-nos cavalos
clama-nos Miróbriga, ou talvêz o Mirante
mas essa é outra estória p'ra alguém contar mais adiante.
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
VOU-ME EMBORA VOU PARA O SUL
Oh Condes de Montanelas Incomparabilis
Está na hora de lhes dar com a almotolia.
Direito ao Refúgio do Mirante à caça e
Ao ataque... UNUS por todos, todos por UNUS.
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
DIÁRIO DE BORDO
MILU – Motus-Incomparabilis-Lucidus-Unus
Clube motard de propensão gastronómica-rodoviária.
Enfim, um grupo de gandas malucos que andam p’aí a empanturrar-se
e a dar cabo do coirão por uma causa perdida.
ABRANDAR, OLHAR, INCLINAR e ACELERAR
A sério que não sei por que “causa perdida” ando por aí “a dar cabo do coirão” em cima de uma mota. Perdidas haverá muitas causas, mas não será o caso desta. Manter uma paixão é salutar, parece-me, e mais ainda quando vem ela lá de longe, de tempos imberbes. E saudável é também estar com amigos, deleite que, na circunstância em apreço, acontece por via da alegria de enrolar o punho em grupo, estrada fora a seguir o roncar dos muitos cavalos-força reunidos na alcateia (“manada” é nome demasiado ruminante e o espírito, mau grado os anos, pretende-se que seja ainda o do “Born To Be Wild”...). Acresce, por fim, o facto de cada saída nos conduzir a paisagens outras que as habituais e desembocar, sempre, à mesa de um restaurante simpático. “Causa perdida”? Estou certo que não. Abordar curvas, abrandar, olhar, inclinar e acelerar. Conviver. Que prazer, apesar da dor nas costas...
GENESIS
Seguro não estou é de como tudo começou. Foi ideia repentina, na qual não meti prego nem estopa, quero dizer, nem mudança nem cavalinho. O Desporto e as Artes cruzaram-se à saída da Escola e, na decisão de quem tem mesmo de espairecer, trocaram de menina dos olhos e lá foram, parece que até à Ericeira, o mar logo aqui, na ponta da auto-estrada. Não sei outra vez, mas entre caracóis e outra bejeca lá apalavraram o útil da camaradagem ao prazer do ronronar do motor entre pernas, controlado. O problema é se os pneus estão carecas e quadrados, sinal dos quilómetros possíveis e do pouco arrojo, quem sabe. Outra estória, essa. Nesta, consta nos registos do boca a boca ter depois o Desporto aliciado a Filosofia, chamando-a à razão das duas rodas bem assentes no asfalto dos dias. Daí ao resultado final bastou, isso sei, meio punho e leve toque de embraiagem. A eles, desportistas artistas filósofos, cedo se ligaram Ciências e Línguas, até clássicas ou clássicas até, com as Literaturas a espreitar ao retrovisor (raras vezes, seja dita a verdade...). Resumindo: total interdisciplinaridade, sem taxas nem metas, salvo novas curvas com restaurantes à saída. Veio um sábado livre em final do ano lectivo passado, com Évora na ponta da roda da frente. E fomos. Seis velhos putos profs, em cinco meninas montados (atenção: eram elas maiores de 500 cm3).
Obs.: É aconselhável irem agora ao You Tube. Procurem os Steppenwolf, grupo canadiano que, nos finais de sessenta do século passado (Deus meu, como acelera o tempo!), tornou famosa a referida canção “Born To Be Wild”, conhecida também por integrar a banda sonora do filme “Easy Rider”, de Dennis Hopper, com o próprio e Peter Fonda nos papéis principais. Oiçam, mas evitem os covers.
EM BUSCA DO ALCATRÃO PERDIDO
De Mafra a Évora vai-se num pulo, pela auto-estrada. Viagem vulgar, é verdade. Mas foi a primeira “em busca do alcatrão perdido”. E certo é, também, que demos com a divinal “Quarta-feira”, taberna típica no centro da cidade, rua estreita e histórica, perto do Templo de Diana. O dono nem sequer nos mostrou a lista:
– Os compadres vêm de mota? Lá de Mafra? Então sentem-se, sentem-se, meninos. Eu cá sei do que gostam...
E vieram as entradas de cogumelos com molho de azeite e alho e coentros, de paio e presunto e queijo e pão alentejano, e mais a carne, alguém se lembra do nome do prato?, e ainda o tinto, como se chamava?, e os doces, há quantos anos eu recusava a sobremesa?
– Nãa, o menino tem de comer o docinho, tem de o comer!
Uff! Após o repasto, e dada a canícula, sentámo-nos numa esplanada da Praça do Giraldo, também perto. E foi aí que à baila veio o nome “Milu”, vá lá saber-se porquê... Arrancámos. O Armindo na sua Suzuki GSX 1100 F, o Martinho na BMW 1150 RT, o Rosa e o Valentim na imponente Honda GoldWing, o Carlos na Honda CBF 1000 e eu na velhinha e fiável BMW F 650. O regresso fez-se na ponta da unha, com paragem na área de serviço de Alcochete, à espera e para dar descanso adivinhem a quem, aflito que estava com a força do vento...
Seguiu-se Almeirim, o “Paulus” e a sopa de pedra, mais o sável e o pernil e, sobretudo, o Tejo e as estradas secundárias da lezíria ribatejana, até darmos com a Azinhaga, terra de José Saramago. Veio o Ismael connosco, a bordo da GoldWing e a passar uma por outra vez pelas brasas, com o Valentim à pendura na RT do Martinho, já à espera do seu exame de condução. Imaginem: cinquenta e poucos anos e deixa-se ser picado pelo bichinho das motos! Grande Valentim! No entretanto, já o Carlos se pavoneava (mentira, que ele até nem é de vaidades), montado na sua brilhante BMW R 1200 ST. Saímos de Mafra à chuva, mas passámos por Santarém sob um calor que só não era de rachar porque a tarde caía. Ainda parámos, ao que esta gente me obriga!, no Campera, pois havia quem quisesse comprar um capacete XPTO a preço de saldo. E foi bem comprado. Não só por ser barato, mas por ser seguro, que nisto de andar de mota não há nada como nos defendermos a preceito. E lá fomos para Mafra, com eles a muitos à hora, palavra do Ismael.
Na calha veio depois Peniche, onde as sereias andam de Honda Varadero, o Armindo que o confirme. Seja como for, foi uma motard de sonho quem, depois do Cabo Carvoeiro e os corvos e o mar e as Berlengas ao fundo, nos indicou o caminho para o “Estelas”, onde nos deparámos, e debatemos, com uma caldeirada digna de musas. Tão digna delas que a conversa logo deslizou, animada e amiga, entre Vergílio Ferreira e Saramago, a arte do mergulho, a arqueologia submarina e o dar aulas, apanhar percebes ou mexilhão e deixá-los no ponto, no prato. Lagoa de Óbidos, logo após o debate. Um café e mais bate-papo, numa esplanada à beira de água. No regresso, acabámos por nos separar do Carlos. Atrasado pelo trânsito no Cadaval, preferiu a A8, enquanto nós optámos pelas curvas do Bombarral. Chegou mais cedo a casa, ao passo que a gente, já escuro, ainda se perdeu à lareira do Ismael, entre uma fatia de queijo, um copito de bom tinto e as preocupações do costume, Milu oblige.
Sesimbra no horizonte, aos trinta dias de Dezembro do ano da graça de 2008. Devia ser o baptismo de fogo do Valentim, mas o próprio achou, e bem, que os nervos da aprovação no exame ainda estavam demasiado à flor da pele e atrapalhavam os comandos da sua Virago. Seguiu no sossego da GoldWing, e lá rumámos ao “Escondinho” e à feijoada de gambas. Ida e volta impecáveis, com a sensação de liberdade que só se tem quando se entra em Lisboa de mota, pela ponte 25 de Abril. Resta que, alguns dias depois, o Valentim se baptizou mesmo, diante de um bacalhauzinho com todos, aqui nas Arroeiras, comigo e o Armindo como segundos padrinhos. Na verdade, o primeiro até foi o Rosa, mas disso não se lavrou acta. Parece que nessa primeira cerimónia alguém baralhou as mãos, situação que, em duas rodas, dá quase sempre origem ao inevitável.
SÓ ESTOU BEM EM CIMA DELA
É verdade, Carlos! Neste último fim-de-semana, com tanto vento e chuva, limitei-me a limpar a menina. Se fosse no tempo da 50 cm3 sem marca definida, teria no mínimo ido até à Ericeira. Assim, dei-lhe lustro e pus-me a ouvir blues, sentado nela, quieta no descanso central. Lembrei-me aí que o Valentim até já tem uma Honda Deauville e que só esse entusiasmo nos diz estar na altura de nos fazermos à estrada. Só se está bem em cima dela, não é? É. Mas a rolar no alcatrão por encontrar.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
BORN TO BE WILD
Words and music by Mars Bonfire
Perfomance by Steppenwolf
Get your motor runnin'
Head out on the highway
Lookin' for adventure
And whatever comes our way
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
I like smoke and lightning
Heavy metal thunder
Racin' with the wind
And the feelin' that I'm under
Yeah Darlin' go make it happen
Take the world in a love embrace
Fire all of your guns at once
And explode into space
Like a true nature's child
We were born, born to be wild
We can climb so high
I never wanna die
Born to be wild
Born to be wild
Põe o motor a trabalhar
E segue p’la auto-estrada
À procura de aventura
Aconteça o que acontecer no caminho
Sim, querida, vamos fazer isso acontecer
Abraça o mundo num abraço de amor
Dispara de uma só vez todas as tuas armas
E explode em direcção ao espaço
Gosto de fumo e relâmpagos
Do trovão do heavy metal
A correr com o vento
Sim, querida, vamos fazer isso acontecer
Abraça o mundo num abraço de amor
Dispara de uma só vez todas as tuas armas
E explode em direcção ao espaço
Como verdadeiros filhos da natureza
Nós nascemos, nascemos para ser selvagens
Podemos subir tão alto
Que não quero morrer
Nascido para ser selvagem
Nascido para ser selvagem
sábado, 24 de janeiro de 2009
OPINIÃO - Os 10 melhores locais do Algarve
Gigi - Quinta do Lago - Almancil só almoços tel. 964 045 178
Vincent - Escanxinas - Almancil só jantares tel.289 399 093
Amadeus -Estrada Quarteira Almancil enc. Terça tel. 289 399 134
Henrique Leis - Vale Formoso - Almancil só jantares tel.289 393 438
Camané - Av. Nascente - Praia de Faro enc. Seg. tel.289 817 539
Garraf.ªVeneza-Mem Moniz-Esr.Ferreiras- Paderne tel.289 367 129
AdgªVilalisa-Mixlhr.ªGrande-Portimão enc. Sex e Sab. tel.288 968 478
Casa Paixanito - Estr. Querença - Olhos de Água tel.289 412 775
Café Correia - R. 1º de Maio - Vila do Bispo tel.282 639 127
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Quando é que nos pomos em cima delas?
Bolas p'ra S. Bento, bolas idem p'ra este tempo.
Hoje ia caindo...
Puxa! Não consigo acabar a coisa, ó Armindo!
domingo, 18 de janeiro de 2009
sábado, 10 de janeiro de 2009
sábado, 3 de janeiro de 2009
BAPTISMO de FOGO
O baptismo cumpriu-se no dia 30 de Dezembro com assinalável empenho de todos. Carlos Valentim já tem a carta no bolso do blusão. Parabéns!