quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Lucidus

LUCIDUS

Viajo à margem do pinhão de ataque possível
face à força da corrente.
Viajo à flor da embraiagem,
domando cavalos nas curvas da estrada.
Logo em frente os soltando,
ultrapasso-me nos lábios do fora-de-mão.
Em preciso prumo do sul, acelero.
Domino o tempo,
sugado no sussuro da quinta
roçando as seis mil rotações.
Acelero, ainda.
Como se nada me tivesse nem detivesse,
Como rio sem margens,
correndo sem fim.

2 comentários:

Armindo S. disse...

Às vezes releio o teu luminoso poema. Hoje na releitura reparei na injustiça de tanto tempo sem comentário.
É brilhante como o seu título.

Adriano disse...

Obrigado,Armindo.
Sabes que sabe bem uma festinha no ego... Mas olha que o texto precisa(va)de uns acertos. Enfim, fica assim.

 

interesting