segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

As estradas já percorridas

(Dezembro de 2008, 30. É dia santo. É dia de baptismo.É dia de ir para o sul.Nem sei bem qual a razão, do mesmo modo que o relógio interno das aves migratórias, quando chega o dia...)
O baptismo cumpriu-se com assinalável empenho de todos. Carlos Valentim já tem a carta no bolso do blusão. No Escondidinho de Sesimbra descobrimos a feijoada de gambas e uma sopa de peixe. A meio da tarde rumamos a Norte. Os quatro pontos cardeais foram finalmente explorados pelos 6 MILU



Novembro de 2008
O Oeste é que é a nossa razão de existir. É daí que partimos e é a olhar para o mar que estamos bem. Começámos por contemplar as ilhas Berlengas e achámos, lá por detrás, as Estelas, tão belas, que nos recordam sereias, montadas em equos maris ou em Varaderos.

Destino: Peniche
Restaurante: Estelas
Quilómetros: 180 (mais as curvas)
A caldeirada e as entradas (não sei se era da fome) deixaram-me sem palavras (enquanto comia, claro).

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Setembro de 2008
O leste gastou-se, cardus com eles. Rumo a norte que já me cheira a sopa da pedra.

Destino: Almeirim
Restaurante: Paulus
Quilómetros:250
Não encontrámos a petra mas o sável e o pernil estavam divinais.

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No final do Verão 2008, cantei: Vou-me embora, vou para o sul. Afinal foi para leste. Juntei (unus) os gandas malucus romanus ou descendentes, não sei bem, que isso de genealogias não é para aqui chamado, incomparabilis porque não há pai para eles e lucidus (enquanto Baco os alumia) jungere equos e ala que se faz tarde.

Destino: Évora
Restaurante: Quarta-feira
Quilómetros: 300
Lá chegados e estacionados os equos, sentámo-nos e serviram-nos com todas as mordomias. Inesquecível primus decumanus.

1 comentário:

Adriano disse...

Génesis

Não sei do título nem do autor do blues que por aqui me vem. Sei que foi numa repentina, onde não estava eu. O Desporto e as Artes cruzaram-se à saída e, na decisão de quem tem mesmo de espairecer, trocaram de menina dos olhos e lá foram, parece que até à Ericeira, o mar logo aqui na ponta da auto-estrada. Não sei outra vez, mas entre caracóis e outra bejeca lá apalavraram o útil da camaradagem ao prazer do ronronar do motor entre pernas, controlado. O problema é se os pneus são carecas e quadrados, sinal de quilómetros possíveis e pouco arrojo, quem sabe. Outra estória, essa. Nesta, consta nos registos de boca a boca ter o Desporto aliciado a Filosofia, chamando-a à razão das duas rodas bem assentes no asfalto dos dias. Daí ao resultado final bastou, isso sei, meio punho e leve toque de embraiagem. A eles, filósofos artistas desportistas, cedo se ligaram Ciências e Línguas, até clássicas ou clássicas até, com as literaturas a espreitar ao retrovisor (raras vezes, seja dita a verdade...). Resumindo: total interdisciplinaridade, sem metas nem taxas. Veio um sábado livre em final da ano, com Évora na ponta da roda da frente. E fomos.Seis velhos putos profs, em cinco meninas montados (atenção: eram elas maiores de 500 cm3).

 

interesting